terça-feira, 30 de outubro de 2012


Numa questão de oportunidade, sorrio.
Para a tristeza, para o erro, para mim em reflexo.
De cactos, rosas e verdes olhares estelares,
a sangria combinada desaba em imensos rumores.
Sorrio para tudo: história ou ficção.
Meu sorriso,
túmulo desatinado do disfarce.
Seu sorriso,
uma sisterna transbordante de respostas.
Nesse momento,
apenas,
nesse momento........

Em outro momento,choro.
Para a alegria, para o acerto, para mim em desabafo.
Piso no jardim de gerânios e lírios vultos.
Entusiasmado,
passo adiante meu descarte.
Inchado da furtiva procura decadente.
Meu choro,
mecânica expressão do exílio.
Seu choro,
polaridade umectante da continuidade.
Nesse momento,
sempre,
nesse momento.......

Combate onde tendência e necessidade,
ambíguas e amigas,
me distorcem em fusão.
Nesse diálogo o outro seria o outro,
se não fosse eu mesmo.

 

domingo, 21 de outubro de 2012


Explosão matricial de um manicômio físico,
Seus ventiladores espirais,
dispersaram energia,
abasteceram geradores cósmicos,
dobraram telhas metafísicas.

Na ponta do cigarrro,
o universo foi tragado  pelo nada conhecido.
Suposto conhecimento foi sugerido,
plena  fumaça cientifica em combustão teórica e pragmática.

Replicado na cabeça flamejante de um herege,
maquinou-se conjecturas na diáspora da matéria.
citado em raios brilhantes,
fugiu  da escolástica,
ornamentado com colar de pedras sepulcrais .

Surpresa,
cansaço,
incompreensíveis lágrimas laboratoriais.
Desconstruí-lo,
um caminho livre,
direcionado à prisões desguarnecidas.

 

sábado, 13 de outubro de 2012


Na borda escorregadia de precipícios lunares,
agarro as pernas de um general alado.
Neurônios fotográficos me orientam.
Conto os momentos inaudíveis de um passado ensebado.
Experimento novas teorias.
Estabeleço metas espaciais.
Durmo ao sabor de tempestades fictícias.
Relaxo aos beijos sólidos do cinema.
Enfraqueço ao convite do amor despido.
Torro as expectativas em forno pensante.
Vou vivendo a missão de viver incompreendido,
sem jeito, aturdido, desiludido voluntariamente,
mas, sem o pecado da inanição

domingo, 7 de outubro de 2012


Fortes ventos,
uma estrutura de vergalhões retorcidos.

Na bruta turbulência,
tenho tornado revolto a direção do destino.

Ausências involuntárias,
resoluções cegas,
transpassadas em meio ao sopro cortante.

Sobra-se a honra de caminhar ofuscado pelas próprias ações.
De pensar confusamente a sinceridade equivocada.
Traduzir momentos em finas folhas de papel esvoaçante.