sábado, 24 de novembro de 2012


A rocha dissolve,
no interior da caverna,
frágeis dentes pontiagudos.
Os pecados estacionados nos cintos de castidade,
nos peitos nus ejaculados.
Inocentes,
culpados ,
inquisidores e seus espectros.
O flagelo do pecado é faze-lo presente em autodenominação enganosa.
Apropriado,
o engano arria as costas pela culpa.
Liberta essa teimosa mordida perene.
Pecar pode ser diversão, excesso ou nitidez.
Peca-se :
formalmente,
informalmente,
eticamente,
intencionalmente
e automaticamente.
Qualquer problema,
pagos serão os pecados noutra encarnação.
Se voltar,
óbvio pelos pecados há punição
Se não voltar,
sepultados secretamente,
a absolvição.

domingo, 18 de novembro de 2012


Num caminho escuro e silencioso,
observar é necessário
A luz frágil de uma estrela longíngua,
atravessa o espaço infinito.
Esbarra irreconhecível na figura retorcida da árvore seca.
Penso na intimidade das coisas.
Luz símbolo,
viaja em conduta póstuma pelo universo.
O imperativo da vida ressecado e fúnebre.
Falecido astro brilhante e vivo vegetal adormecido.
Morte e vida,
são dois pontos de uma mesma jornada.
Independente se o caminho for de possíveis enganos e aparências.

 

domingo, 11 de novembro de 2012


No sótão antigo das disformidades,
vejo o mundo com o umbigo.
Nas barrigas prenhas de um futuro desprovido,
oráculo insolente projeta frase estranha.

O bravio mar interno das circunstâncias!

Desencadeou sensações !

Destemido,
por estar perdido,
entre pilares de amarelos sóis irreais.

Correu,
projetou- se,
num desalinho pensante,
uma realidade abjeta.

Conjugou
nas  vigorosas batidas momentâneas,
enigmático vendaval,
onde imensos albatrozes voavam furiosos.

Reagiu adormecido,
em baú refinado,
primaveras vivas de decepção.

Cansado,
adormeceu esquecido,
onde  árvores convulsivas,
perdem suas flores virginais.