quarta-feira, 27 de junho de 2012


Uma velha janela escancarada para o mundo.
Abriga em seu espaço, pensamentos de um homem desmotivado.
Miséria de adaptabilidade!
Os pássaros fazem ninho em torres de comunicação.
Nesse instante, entrelaçados ao infortúnio de resistir,
homem e visão,
comprometem-se numa inquietude terminal.
Ouve-se uma  tensa gargalhada cansada,
os pássaros voam,
o homem fecha a janela.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Toque as estrelas com o olhar da esperança.
No lago, o movimento de luas trêmulas.
O abismo entre às superfícies,
pensamentos intermináveis,
assinados nas folhas dobráveis das intenções verdadeiras.
Onde o interior precavido assassina surpresas indesejáveis.
Fazendo da vida lastro de boas ações.
Superando terrenos acidentados em direção ao futuro.
Amando e deixando ser amado.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

A vida não é uma redação jornalística.
Nas entranhas analíticas, os argumentos são desprezados.
Da parafernália técnica aos altos misturadores intelectuais,
avanço da matéria direcionada ao povo, é supervisão dominante.

Reproduzi-la, é
torná-lo bem informado,
medida  própria do outro influente.
Seu objetivo é
vê-lo feliz,saboreando notícias em tiragens,
provocando calmo,
rígido anúncio de sua escravidão pensante.

quarta-feira, 6 de junho de 2012


A sobrecarga do pensamento colocou o homem deitado no chão.
Num piso de interrogações congestionantes, mosaicos aleatórios.

Pensar,
pensar,
qual foi a primeira coisa a ser pensada?

Perdido,
estroboscópicas luzes pulsavam em todas as direções.

Tentou se livrar num esquema de corrupção cerebral.

Manejou seus pensamentos intencionalmente,
como se fossem miragens espoliativas, exo-dependentes.

Levantou desdenhando da situação supostamente controlada.

Enganou-se,
em desespero, caiu novamente.

Amparado por uma espuma coercitiva,
sentiu o impacto amortecido de uma conclusão bem alojada.

 O pensar aparecerá quando  quiser,
desacompanhado da vontade própria de seu pensador.