A sobrecarga do pensamento colocou o homem deitado no chão.
Num piso de interrogações congestionantes, mosaicos aleatórios.Pensar,
pensar,
qual foi a primeira coisa a ser pensada?
Perdido,
estroboscópicas luzes pulsavam em todas as direções.
Tentou se livrar num esquema de corrupção cerebral.
Manejou seus pensamentos intencionalmente,
como se fossem miragens espoliativas, exo-dependentes.
Levantou desdenhando da situação supostamente controlada.
Enganou-se,
em desespero, caiu novamente.
Amparado por uma espuma coercitiva,
sentiu o impacto amortecido de uma conclusão bem alojada.
O pensar aparecerá quando quiser,
desacompanhado da vontade própria de seu pensador.
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