domingo, 26 de agosto de 2012


As mãos espalmadas em pranto.
Pranto de uma terra que dele escapa,
uma batalha perdida por muitos.

As mãos erguidas em pranto,
da compaixão esquecida,
a terra o homem cobre.

As mãos estendidas em pranto,
pro amigo imaginário,
do amigo verdadeiro,
 a morte condensada.

As mãos tecidas e desterradas.
Serradas em punho.
Movimentos certeiros,
de  ligeiros homens livres em luta.

As mãos pregadas no rosto,
enxugam o suor e as lágrimas
do faminto trabalhador.

As mãos fechadas em bloco,
comprimem a bela moldura da esperança.

 As mãos dispersas em aceno,
contagiam tristes a incerteza da volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário