domingo, 12 de agosto de 2012


Beije minha boca,
com a mesma intensidade que me xinga.

Essa fúria ainda não contida,
empata nosso instante sem consenso.

 Beije em contrato alterado,
essa falida boca de língua circense.

As bocas coladas menos se ofendem,
soltas, enfática absorção verbal.

 Beije,desejando minha morte,
mesmo que deste beijo escorra apenas nossa angústia.

Não grite, beije.
Nem pense no depois


Nenhum comentário:

Postar um comentário